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Bairro Alto

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Bairro Alto Lisboa 1
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O Bairro Alto é um bairro antigo e pitoresco no centro de Lisboa, com ruas estreitas e empedradas, casas seculares, pequeno comércio tradicional, restaurantes e locais de vida nocturna. Construído em plano ortogonal a partir do início do século XVI, foi conhecido como Vila Nova de Andrade. O seu planeamento e construção estão ligados ao maremoto do Sismo de Lisboa de 1531, conforme atesta Joaquim José Moreira de MendonçaTenho certeza por documentos autênticos que ainda depois daquele ano se erigiram todas as ruas do Bairro Alto, que ficam para fora das Portas de Santa Catarina e Postigo de S. Roque (...)É delimitado a Oeste pela Rua do Século, a Este pela Rua da Misericórdia, a Norte pela Rua D. Pedro V e a Sul pela Calçada do Combro, Largo do Calhariz, Rua do Loreto, e Largo de Camões. O Bairro Alto está totalmente integrado na freguesia da Misericórdia . Desde os anos 80 que é a zona mais conhecida da noite lisboeta, com inúmeros bares e restaurantes, a par das casas de fado. Ali se situavam também até aos anos 70-80 do século XX numerosos órgãos de imprensa. Desde então, adquiriu uma vida muito própria e característica, onde se cruzam diferentes gerações na procura de divertimento nocturno. Aos poucos verifica-se também que passou a ser procurado como um lugar para viver, estando a sua população a ser renovada e rejuvenescida. Durante o Século XIX e até ao terceiro quartel do Século XX, o bairro abrigava as sedes dos principais jornais e tipografias do país. Ainda hoje é possível encontrar ecos desse tempo em nomes de ruas como a Rua Diário de Notícias ou a Rua do Século. Este bairro da capital, a um passo do Chiado, frequentado e habitado por jornalistas, escritores, artistas e estudantes, foi também lugar de tascas de marinheiros, carvoarias e lugares de má fama e prostituição. Vitorino Nemésio faz alusões a este ambiente no romance Mau tempo no canal. O edifício onde nasceu o Diário de Notícias foi mais tarde ocupado por A Capital (diário extinto em 2005), sendo hoje conhecido por Edifício A Capital. Ali esteve sediada durante alguns anos a companhia de teatro Artistas Unidos. Em 2013, comemoraram-se os 500 anos do Bairro Alto, desde que foi autorizado o primeiro plano geométrico de Lisboa, quando Lopo de Athouguia acordou com os aforadores, Bartolomeu de Andrade e sua mulher, Francisca Cordovil, a divisão do mesmo em lotes. Para estas comemorações, foi criada uma programação alargada, com a permanente abertura para propostas de interessados, designadamente por parte dos moradores e outros agentes económicos e culturais do Bairro Alto. A comissão executiva foi constituída pela Associação de Moradores do Bairro Alto, Irmandade da Misericórdia e de S. Roque de Lisboa, Lisboa Club Rio de Janeiro, Museu da Farmácia e Associação Portuguesa de Livreiros Alfarrabistas, contando ainda com um conjunto vasto de parceiros. No Barrio Alto funcionam várias lojas antigas, que agora são parte da rede Lojas com História, um projeto da Câmara Municipal de Lisboa. Destacam restaurantes como a Tasca do Manel, na Rua da Barroca, ou o antiquário Solar, na Rua D. Pedro V, 70. O Bairro Alto é actualmente um bairro pacato e tradicional de Lisboa durante o dia, transformando-se a partir do início da noite no principal local de divertimento nocturno e ponto de encontro de diferentes culturas e gerações. É conhecido como o local de concentração habitual dos jovens estrangeiros que se encontram em Lisboa a estudar ao abrigo do programa Erasmus. Parte dos prédios foram ou estão a ser recuperados, mantendo-se a traça original dos mesmos, o que veio permitir a instalação de novos e alternativos espaços comerciais, encontrando-se desde lojas de referência (como a Leitão & Irmão, a Jorge Welsh ou a Cork & Co) a lojas multimarca e ateliers (como o da designer Fátima Lopes), passando por lojas de tatuagens e piercing. Por outro lado, o bairro tem, muito provavelmente, a maior concentração de restaurantes e bares de Lisboa, atraindo um público muito diversificado, quer nacional, quer estrangeiro. Apesar das obras recentes, e da instalação de câmaras de vigilância nalgumas ruas, No entanto, o nível de policiamento aumentou bastante nos últimos tempos, sendo habitualmente seguro até, pelo menos, à hora de encerramento normal dos bares. Aliás, nos últimos dois anos verificou-se um decréscimo acentuado do índice de criminalidade no bairro, contrariando a ideia instalada de que era um local com um nível de insegurança superior ao normal. O Bairro Alto foi classificado como Conjunto de Interesse Público (CIP) em 2010.

Excerto do artigo da Wikipédia Bairro Alto (Licença: CC BY-SA 3.0, Autores, Imagens).

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Rua da Atalaia, Lisboa Bairro Alto

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1200-043 Lisboa, Bairro Alto
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Monumento a Camões
Monumento a Camões

O conjunto escultórico, dito Monumento a Camões, em Lisboa, é da autoria do escultor Victor Bastos, foi projectado a partir de 1860 e inaugurado em 1867, na presença do rei D. Luís e de seu pai D. Fernando, rei consorte. Foi construído já no final do romantismo e custeado por subscrição pública. O monumento prepara e antecede as comemorações do terceiro centenário da morte de Camões (1880), promovidas por Teófilo Braga com o apoio de João de Deus, Antero de Quental, Oliveira Martins e Ramalho Ortigão. A estátua evocativa do poeta é de bronze e mede 4 metros de altura. Assenta sobre um pedestal, oitavado, de mármore branco, com 7,5 metros de altura. Em redor do pedestal oito estátuas, de pedra de lioz, de 2,40 metros de altura, representam vultos notáveis da cultura e das letras: o historiador Fernão Lopes, o cosmógrafo Pedro Nunes, o cronista Gomes Eanes de Azurara, os historiadores João de Barros e Fernão Lopes de Castanheda e os poetas Vasco Mouzinho de Quevedo, Jerónimo Corte-Real e Francisco de Sá de Meneses. A estátua de Camões foi desde logo e tem sido motivo de crítica pela "pose" demasiado militar e muito pouco romântica do poeta. A escultura invoca o poeta vestido a rigor, de espada em punho, livro no peito e coroa de louros na cabeça, numa atitude altiva. Os representados na base do monumento sucedem-se ao longo da dinastia de Avis: são os espectadores vivos da grandeza (Fernão Lopes, Azurara, João de Barros, Castanheda, Pedro Nunes) e da decadência da pátria (Quevedo, Corte-Ral e Sá de Menezes). O monumento encontra-se na Praça de Luís de Camões, em Lisboa (coloquialmente dita Largo de Camões).

Jardim de São Pedro de Alcântara
Jardim de São Pedro de Alcântara

O Jardim de São Pedro de Alcântara é um jardim situado em Lisboa, na freguesia da Misericórdia. Foi construído em 1864, em dois socalcos. O projeto original remonta ao século XVIII, de autoria do 2.º arquiteto do palácio Convento de Mafra João Pedro Ludovice, filho de João Frederico Ludovice, arquiteto de Mafra, onde El-Rei D. João V manda construir uma muralha com 20 metros de altura nos terrenos de São Pedro de Alcântara com vista a criar uma Mãe de Água — um depósito monumental que prolongaria o Aqueduto das Águas Livres até à Graça. No entanto, o Terramoto de 1755 impõe outras prioridades e os terrenos passaram a servir de vazadouro de animais mortos que eram atirados da muralha abaixo. Só em 1830, há a primeira tentativa de usar o baldio por parte da Guarda Real da Polícia que, tendo o quartel muito próximo, fez do espaço a sua “horta”. Só cinco anos mais tarde é que a Câmara Municipal de Lisboa, na sequência da vitória do Liberalismo e da recuperação dos poderes executivos, converte o espaço num jardim público. Tem uma área de 0,6 ha. Situa-se na Rua de São Pedro de Alcântara, perto do Bairro Alto. O jardim tem um pequeno lago e um miradouro, que oferece uma imponente vista sobre o leste de Lisboa avistando-se parte da zona Baixa de Lisboa e da margem sul do rio Tejo. Existe um mapa em azulejos junto à balaustrada, que ajuda a identificar alguns locais de Lisboa. O panorama estende-se desde as muralhas do Castelo de São Jorge rodeado pelas árvores e da Sé de Lisboa (séc. XII), nas colinas a sudoeste, até à Igreja da Penha de França do século XVIII, a noroeste. Também é visível o grande complexo da Igreja da Graça, enquanto que São Vicente de Fora é reconhecível pelas torres simétricas em volta da fachada branca. Os bancos e as sombras das árvores fazem do miradouro um lugar muito agradável. Para chegar até ao miradouro pode optar por subir a Calçada da Glória ou então subir pelo Elevador da Glória que o deixa bem perto do miradouro. No jardim, o monumento de autoria de Costa Motta (tio), erguido em 1904, representa Eduardo Coelho fundador do jornal Diário de Notícias, por baixo dele um ardina apregoa o famoso jornal.

Largo do Carmo (Lisboa)
Largo do Carmo (Lisboa)

O Largo do Carmo é um largo localizado em Lisboa. Englobado na zona do Chiado, encontra-se o Largo do Carmo, com os seus jacarandás. Neste largo, resistem as ruínas do Convento do Carmo, construído no século XIV, onde se encontra actualmente instalado o Museu Arqueológico do Carmo. Em frente ao convento, encontra-se o Chafariz do Carmo (1771), abastecido pelo Aqueduto das Águas Livres, através da Galeria do Loreto. Paredes meias com o convento, encontra-se o Quartel do Carmo, pertencente à Guarda Nacional Republicana que teve um papel muito importante aquando do 25 de Abril de 1974, por ter sido escolhido por Marcello Caetano para se refugiar da revolução, acabando este largo por ser o palco principal da revolução, como local da rendição do Estado Novo perante os militares do MFA. Para perpetuar este momento, encontra-se no chão do largo uma inscrição dedicada a Salgueiro Maia. No outro lado do convento, encontramos o antigo Palácio Valadares, edifício que teve já várias utilizações. Este palácio ergue-se no local onde foi fundada a primeira universidade portuguesa, no tempo de D. Dinis, antes de ser transferida para Coimbra. Entre o Convento do Carmo e o Palácio Valadares, ergue-se o portão de acesso do Elevador de Santa Justa, que liga o Largo do Carmo à Baixa Pombalina, nomeadamente à Rua do Ouro. Ainda neste largo, encontramos a Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, que habitualmente passa despercebida por um habitual prédio de habitação. Nesse mesmo edifício, foi fundado o actual Montepio Geral, no século XIX. Este largo tem-se tornado conhecido também pelas suas esplanadas, para além de ser palco de diversas filmagens, tanto de filmes de ficção ou documentários, como de filmes publicitários. O Largo do Carmo encontra-se na freguesia de Santa Maria Maior.